A trombose venosa profunda
(TVP) caracteriza-se pela formação de um coágulo no interior de uma veia. Ela
pode ocorrer em diferentes partes do corpo, e com grande frequência acomete os
membros inferiores. Uma parte desse coágulo pode se desprender e seguir pela
circulação, acometendo dessa forma outro órgão. Esse fenômeno é chamado de
embolia. A embolia pulmonar é um exemplo potencialmente grave desse tipo de
complicação.
O contraceptivo simula os hormônios
produzidos no ovário, enviando uma mensagem “enganosa” ao cérebro, que faz com
que o ovário fique inativo, ou seja, deixe de expelir o óvulo previsto para
cada ciclo menstrual. Sem óvulo, não há gravidez.
Desde o inicio da história
de uso de anticoncepcional com altas doses de hormônios, ficou evidente que os
riscos de trombose venosa profunda (TVP) e de embolia pulmonar eram
significativamente maiores nas mulheres que usavam esses contraceptivos.
Conclui-se que esses riscos estavam relacionados com a dose de estrogênio e
foram consideravelmente reduzidos com as formulações usando doses baixas entre
20 a 35 microgramas de estrogênios.
Hoje, depois de vários estudos,
sabemos que o risco de TVP em mulheres que não usam CHC é de 1 para 10.000 mulheres-ano e que este risco aumenta para
3-4 por 10.000 mulheres-ano nas mulheres que usam CHC e este risco desaparece rapidamente com a
interrupção do tratamento contraceptivo. É, importante salientar, que os riscos
de trombose venosa e de embolia pulmonar são menores do que os estimados para o
período de gestação, com incidência de 5 a 6
por 10.000 mulheres-ano.
Diversos cofatores aumentam
a incidência de tromboembolismo venoso em mulheres que usam contraceptivos
contendo estrogênios ou naquelas que estejam grávidas ou no pós parto, as quais
podemos citar: algumas trombofilias, hipertensão arterial, obesidade, diabetes
melitus, tabagismo, sedentarismo.
¨Os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da
gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como
trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente
pequeno”, informou a Anvisa.
Ainda segundo a Anvisa, “ antes do inicio do início do
uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico
individual da mulher, seu histórico familiar e um exame físico incluindo determinação da
pressão arterial. Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos,
além do Papanicolau, devem ser conduzidos”.
Mas é importante
ressaltar que os casos de trombose relacionados ao uso do anticoncepcional são
relativamente baixos, e estão mais ligados ao uso de pílulas com hormônios
combinados, sendo mais frequente no início do tratamento e em mulheres com
fatores de risco combinados.
Por isso, é muito
importante consultar o
ginecologista antes de começar a tomar um anticoncepcional ou se desejar mudar
de marca ou método.
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