segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

ANTICONCEPCIONAL E TROMBOEMBOLISMO


A trombose venosa profunda (TVP) caracteriza-se pela formação de um coágulo no interior de uma veia. Ela pode ocorrer em diferentes partes do corpo, e com grande frequência acomete os membros inferiores. Uma parte desse coágulo pode se desprender e seguir pela circulação, acometendo dessa forma outro órgão. Esse fenômeno é chamado de embolia. A embolia pulmonar é um exemplo potencialmente grave desse tipo de complicação.
O contraceptivo simula os hormônios produzidos no ovário, enviando uma mensagem “enganosa” ao cérebro, que faz com que o ovário fique inativo, ou seja, deixe de expelir o óvulo previsto para cada ciclo menstrual. Sem óvulo, não há gravidez.
Desde o inicio da história de uso de anticoncepcional com altas doses de hormônios, ficou evidente que os riscos de trombose venosa profunda (TVP) e de embolia pulmonar eram significativamente maiores nas mulheres que usavam esses contraceptivos. Conclui-se que esses riscos estavam relacionados com a dose de estrogênio e foram consideravelmente reduzidos com as formulações usando doses baixas entre 20 a 35 microgramas de estrogênios.
Hoje, depois de vários estudos, sabemos que o risco de TVP em mulheres que não usam CHC é de 1 para 10.000  mulheres-ano e que este risco aumenta para 3-4 por 10.000 mulheres-ano nas mulheres que usam CHC e  este risco desaparece rapidamente com a interrupção do tratamento contraceptivo. É, importante salientar, que os riscos de trombose venosa e de embolia pulmonar são menores do que os estimados para o período de gestação, com incidência de 5 a 6  por 10.000 mulheres-ano.
Diversos cofatores aumentam a incidência de tromboembolismo venoso em mulheres que usam contraceptivos contendo estrogênios ou naquelas que estejam grávidas ou no pós parto, as quais podemos citar: algumas trombofilias, hipertensão arterial, obesidade, diabetes melitus, tabagismo, sedentarismo.
¨Os benefícios dos anticoncepcionais na prevenção da gravidez continuam a superar seus riscos. Além disso, os riscos de eventos como trombose envolvendo todos os contraceptivos orais combinados é conhecidamente pequeno”, informou a Anvisa.
Ainda segundo a Anvisa, “ antes do inicio do início do uso de qualquer contraceptivo, deve ser realizado minucioso histórico individual da mulher, seu histórico familiar e um  exame físico incluindo determinação da pressão arterial. Exames das mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos, além do Papanicolau, devem ser conduzidos”.
Mas é importante ressaltar que os casos de trombose relacionados ao uso do anticoncepcional são relativamente baixos, e estão mais ligados ao uso de pílulas com hormônios combinados, sendo mais frequente no início do tratamento e em mulheres com fatores de risco combinados.
Por isso, é muito importante consultar o ginecologista antes de começar a tomar um anticoncepcional ou se desejar mudar de marca ou método.




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